O Ceratocone é uma alteração da Córnea em forma de distrofia não inflamatória chamada de Ectasia e ocorre na maioria das vezes na área central ou inferior da córnea. Consiste em uma protusão em forma de cone e um afinamento progressivo na sua parte central, tornando-a abaulada, gerando irregularidades e distorções nas imagens. A córnea tem a forma esférica e é formada por centenas de camadas ligadas entre si por uma substância chamada colágeno. Se as ligações transversais entre as camadas se enraquecem ocorre um afinamento do ápice corneano e pode levar a cicatrizes e baixa na acuidade visual. O diagnóstico precoce é importante para o tratamento, pois, no início, a visão pode ser corrigida com lentes de óculos. À medida que a doença vai evoluindo somente as lentes de contato rígidas são capazes de corrigir a acuidade visula. Posteriormente, quando o abaulamento torna-se maior e o paciente não consegue boa adaptação com as lentes, temos o tratamento cirúrgico como o Implante do Anel Intra-corneano, que consiste em implantar anéis no interior do tecido corneano que impedem ou diminuem a progressão da doença. Atualmente temos a cirurgia que combina a aplicação de laser e uma substância química que aumenta a resistência e as ligações de colágeno entre as camadas impedindo a progressão da doença, essa técnica é conhecida como CROSS-LINKING, e tem importante papel no tratamento do Ceratocone.
Por último, quando não há mais adaptação com as lentes e as cicatrizes corneanas diminuem muito a transparência da córnea e acuidade visual, a última alternativa é o Transplante de Córnea.
O Ceratocone na maioria dos casos inicia-se por volta dos 15 e 20 anos de idade, podendo evoluir até 35 a 40 anos quando também na maioria dos casos estabiliza-se. Pode ser classificado como Incipiente (grau I), Moderado (grau II), Avançado (grau III), e Severo (grau IV). Os principais exames complementares para o diagnótico são a Ceratocone Computadorizada ou Topografia Corneana, Orbscan, Pentacan e Paquimetria Ultrasônica da Córnea.
A prevenção é o melhor tratamento. Desde criança consulte regularmente o seu oftalmologista.
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